domingo, dezembro 22, 2024
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Men Faces do Medo – Final do Filme Explicado

“Men: Faces do Medo” é um filme de terror psicológico de 2022, dirigido por Alex Garland.
Buscando encontrar paz e processar sua dor, uma mulher decide passar algum tempo em uma casa de campo, numa pequena vila inglesa.
O final do filme é deliberadamente ambíguo e aberto a interpretações, o que levou a várias análises e teorias.
Aqui está uma análise do final e algumas de suas possíveis interpretações.

Men: Faces do Medo
Men: Faces do Medo

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Sinopse de Men: Faces do Medo

Após a morte traumática de seu marido, James (Paapa Essiedu), Harper (Jessie Buckley) decide se isolar em um pitoresco vilarejo rural na Inglaterra para encontrar paz e curar suas feridas emocionais.
Ela pretende passar uma temporada em um local pacífico para trabalhar e aluga um casarão antigo de Geoffrey (Rory Kinnear), um senhorio amigável, mas um pouco estranho.
Enquanto Harper tenta relaxar e se recuperar, ela sai para caminhar pela floresta próxima e passa por uma situação assustadora, quando avista uma figura que a persegue e em seguida vê um homem nú no meio do campo isolado.
O homem, que parece ser um mendigo, reaparece no jardim da casa e ela chama a polícia, que o captura e o leva apreendido.
Mais tarde, Harper vai ao vilarejo para visitar o pub local e encontra outros homens estranhos pelo caminho.
Ela passa por um momento de dor e catarse ao entrar em uma igreja, onde conversa com um vigário insensível e encontra um adolescente que lhe dirige palavras violentas.
No pub, Geoffrey lhe oferece uma bebida, e ela reencontra o policial que havia prendido o mendigo invasor.
O policial informa que o mendigo foi liberado, o que irrita Harper e a faz voltar ao casarão.
Todas essas figuras masculinas, cada uma representando diferentes aspectos de masculinidade tóxica e opressão, começam a assediá-la e a intensificar seu estado de ansiedade e medo.
A trama culmina em uma série de eventos surreais e bizarros que desafiam a realidade e a sanidade de Harper.
Ela é forçada a confrontar não apenas o assédio desses homens, mas também a dor e a culpa associadas à morte de James.
“Men: Faces do Medo” é uma exploração intensa e perturbadora de temas como o trauma, a culpa e a masculinidade tóxica.
A direção habilidosa de Alex Garland e as performances marcantes de Jessie Buckley e Rory Kinnear criam uma atmosfera de suspense e horror psicológico.

A Sequência Final do Filme Men: Faces do Medo

ATENÇÃO!! Contém SPOILERS

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Harper volta do pub transtornada, disposta a voltar para casa e faz uma chamada de vídeo com sua amiga Riley, que se propõe a ir ficar com ela, para poderem aproveitar o local juntas.
Harper encaminha sua localização à amiga e depois a comunicação se perde totalmente.
A partir daí, Harper é confrontada por vários personagens masculinos, culminando em uma série de eventos grotescos e surreais.
Ela avista o policial, é perseguida pelo homem mau-encarado do pub, assediada pelo vigário e ameaçada pelo adolescente.
Harper tenta fugir de carro e acidentalmente acaba atropelando Geoffrey. Ela se desespera, pois ele era o único homem que lhe fora simpático.
Ao parar para socorrê-lo, acaba atacada por ele, que entra no carro e a persegue, até que se choca com a mureta do jardim.
Harper, assustada, se depara com o mendigo nú que havia se transformado numa espécie de criatura esverdeada, com galhos e folhas que saem de sua cabeça, lembrando um ser da cultura pagã europeia.
Este homem verde inicia um ciclo de renascimentos horríveis.
Ele começa aformar uma barriga que cresce, como se fosse uma grávida, até dar à luz a Samuel, o adolescente, que por sua vez dá à luz o vigário, de quem Geoffrey emerge.
Cada nascimento é grotesco e cada vez mais surreal, culminando no renascimento de James, seu falecido marido.
James acusa Harper, culpando-a por sua morte, por toda a dor emocional e subsequente suicídio.
Ambos estão sentados na sala, enquanto ela ouve as acusações e pergunta a James o que ele quer dela e ele lhe responde: seu amor
Ela olha para o machado que segura em suas mãos com um olhar sereno.
Já é dia, sua amiga Riley chega de carro e vê o carro de Harper batido e sangue na entrada da casa. Ela encontra Harper sentada no jardim, que quando a vê, abre um sorriso.
O filme termina assim, ao som da música “Love Song” de Elton John.

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A Resolução de Harper

Nas cenas finais, Harper parece alcançar um momento de catarse.
Ela confronta as acusações de James e encontra algum grau de paz.
Na manhã seguinte, sua amiga chega para ver como ela está, e o comportamento de Harper sugere que ela começou a se curar de suas experiências traumáticas.
Tudo que ocorreu poderia ter sido imaginação de Harper?
A tranquilidade na sequência final, onde Riley encontra Harper, reflete momentos anteriores em que Harper enfrentou ameaças com calma, navegando pela presença sempre ameaçadora dos homens.
Ao longo do filme, percebemos que todos os homens são interpretados pelo mesmo ator, Rory Kinnear.
Essa escolha de elenco sugere que todas essas figuras são, de certa forma, interconectadas e representam diferentes aspectos do mesmo tipo de ameaça ou opressão masculina que Harper enfrenta.

Final Explicado – Men: Faces do Medo

O final do filme Men: Faces do Medo pode ser interpretado de algumas maneiras, vamos a elas:

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O Que Era Real?

Embora todo o horror pudesse não ter sido real, alguém foi ferido, pois Harper está coberta de sangue que não é dela.
Quando Riley chega, vê o carro de Harper destruído e manchas de sangue, indicando que algo real aconteceu.
Harper pode ter machucado alguém, mas não sabemos quem ou como. Riley encontra Harper sentada no jardim, sorrindo.
O final do filme parece ser uma metáfora do ciclo interminável de homens tóxicos gerando outros homens tóxicos.
A cena final é uma representação do caos na mente de Harper, mostrando várias personas que ela criou, simbolizando seu trauma.
Esses eventos não seriam reais.
Nesse caso, a partir de qual momento os fatos seriam imaginação de Harper?
Faria sentido ela ter começado a imaginar tudo, a partir do momento em que voltou do pub.

Foi Tudo Imaginação de Harper?

Poderíamos pensar que o homem nu fosse figura da imaginação de Harper, mas ele é preso pela polícia (e mais tarde, liberado).
Portanto, trata-se de uma figura real e arrepiante, afinal, avistá-lo no campo e deparando-se com ele em seu quintal, foi assustador!
O mendigo nu fez parte da visão/experiência paranormal de Harper, que acabou reaparecendo ao final do filme, transformado em um ser esverdeado.

Interpretação Psicológica

A sequência de nascimentos e a aparição de James podem ser vistas como a luta psicológica de Harper.
Os homens, todos interpretados por Rory Kinnear, simbolizam diferentes aspectos de seu trauma e sofrimento.
Os renascimentos representam a natureza cíclica de seu tormento interno e sua tentativa de lidar com a morte de James e a culpa que sente.

Interpretação Simbólica

Os renascimentos podem simbolizar a perpetuação da masculinidade tóxica.
O modo como os homens a tratavam, hora com desdém, hora com violência, cada homem, nascido do anterior, representa o ciclo interminável de opressão patriarcal e as diferentes maneiras como isso se manifesta na vida das mulheres.
A aparição final de James força Harper a confrontar diretamente seu trauma.

Interpretação Sobrenatural

Os eventos surreais podem sugerir um elemento sobrenatural, onde o vilarejo e seus habitantes fazem parte de uma força malévola que se alimenta das vulnerabilidades de Harper.
Os nascimentos e transformações bizarros poderiam ser interpretados como manifestações de uma entidade antiga e maligna.

Na verdade, a explicação do final pode ser uma mistura de todos esses fatores, com o vilarejo exercendo uma força sobre Harper, que acaba confrontando suas emições e traumas de maneira intensa e perturbadora.

O Trauma de Harper

O trauma de Harper é um elemento central da narrativa e está intrinsecamente ligado à sua relação conjugal.
A personagem Harper Marlowe, interpretada por Jessie Buckley, é uma mulher que tenta se recuperar de uma experiência traumática relacionada ao seu marido, James (Paapa Essiedu).
O filme revela que Harper e James estavam passando por um momento conturbado em seu casamento.
James é retratado como emocionalmente manipulador e possessivo.
Ele reage de forma extremamente negativa quando Harper expressa sua intenção de se separar.
Durante uma discussão acalorada, James ameaça se suicidar se Harper seguir com o divórcio.
Este comportamento abusivo e a pressão emocional colocam Harper em uma posição muito difícil.
James morre ao cair da sacada, tentando entrar no apartamento que dividia com ela.
A natureza da queda é ambígua, sendo sugerido que pode ter sido um acidente, suicídio, ou mesmo uma tentativa de assustar Harper que deu errado.
Esta ambiguidade sobre a responsabilidade e as intenções de James deixa Harper com um fardo emocional pesado e uma sensação de culpa e confusão.

Os Homens do Filme Men: Faces do Medo

No filme, diversos personagens masculinos são apresentados, todos interpretados pelo ator Rory Kinnear.
Esses personagens representam diferentes facetas da opressão e do comportamento abusivo masculino, com os quais Harper se depara durante sua estadia na vila inglesa.
Harper é forçada a confrontar essas figuras como uma forma de enfrentar e processar seu próprio trauma.
Todos esses personagens têm os rostos parecidos com o de Geoffrey, um personagem central, o que nos leva a acreditar que Harper os criou em sua mente, pois ela parece não reparar na semelhança entre eles.
Esse conjunto de personas reflete a turbulência mental de Harper enquanto ela lida com sua culpa.

Os Homens Interpretados por RORY KINNEAR no Filme MEN 1

Geoffrey

Geoffrey é o dono da casa de campo onde Harper está hospedada.
Ele é afável e aparentemente inofensivo, representando uma fachada de hospitalidade britânica tradicional.
No entanto, sua atitude se altera totalmente ao final do filme, quando ele se volta contra ela, fazendo-a bater o carro.

O Vigário

O vigário da vila pode simbolizar a hipocrisia e a condescendência moral.
Ele inicialmente parece simpático e compreensivo, oferecendo conselhos a Harper.
No entanto, ele acaba culpando-a pela morte de seu marido, sugerindo que a culpa pelo suicídio de James é dela, e que ele não teria morrido se ela tivesse dado a ele uma chance de se desculpar.
O vigário intensifica o sentimento de culpa e dor de Harper, reaparecendo, ao final do filme, de forma repulsiva, assediando-a.

O Policial

O policial é outro personagem que exibe uma atitude de descaso e minimização dos medos de Harper.
Quando ela mostra indignação pela soltura do mendigo, ele não leva suas preocupações a sério e a trata com desdém.
Mais tarde, ele reaparece no jardim da casa, de forma ameaçadora.

O Adolescente

Samuel é um dos personagens mais perturbadores é um adolescente que Harper encontra do lado de fora da igreja.
Ele usa uma máscara estranha de mulher e se mostra rude e agressivo, refletindo como o comportamento abusivo pode se manifestar desde a adolescência.
O adolescente a chama de “vaca estúpida” quando ela se recusa a brincar de esconde-esconde.
Samuel, com o rosto de Geoffrey, é mais uma persona na mente de Harper, representando a sensação de ser desprezada até por um garoto.
No final do filme, ele a ameaça e a persegue na casa.

O Homem Nu

O homem nu é uma figura assustadora e enigmática que Harper encontra na floresta.
Ele parece estar em um estado primal e agressivo, representando uma ameaça física direta.
Esse personagem pode simbolizar a violência e o perigo sexual que muitas mulheres temem.
Mais tarde, esse homem passa por uma transformação assustadora, tornando-se uma figura pagã com folhas e galhos se formando em sua cabeça e corpo.

Homem Mal-Encarado e Barman

Ao visitar o pub, Harper sente-se pouco à vontade e repara num homem mal-encarado que está sentado em uma das mesas.
Na verdade, há dois frequentadores parecidos com Geoffrey.
Mais tarde, o mais ameaçador reaparece no jardim da casa e a persegue também.
O barman também tem o rosto com as feições de Geoffrey.

O filme utiliza esses personagens multifacetados para criar uma atmosfera de constante ameaça e desconforto, explorando temas como misoginia, culpa e trauma psicológico.
Cada interação de Harper com esses homens revela camadas de opressão e abuso, sublinhando a onipresença desses comportamentos na sociedade.

As Transformações Físicas dos Homens

No filme Men: Faces do Medo, a transformação física dos homens ao longo da narrativa está profundamente conectada à posição do corpo de James na sua morte, criando um vínculo simbólico entre o trauma de Harper e as manifestações físicas das figuras masculinas que ela encontra.
James, marido de Harper, morre ao cair de uma altura significativa.
A posição de seu corpo após a queda é particularmente grotesca e impactante: ele está com um dos braços esticado para trás, praticamente cortado ao meio, até a mão, por ter caído sobre a lança de uma grade de ferro.
Seu tornozelo está quebrado e retorcido, o que parece uma consequência natural de uma queda fatal.
Esta imagem se torna uma lembrança visual poderosa e traumática para Harper, simbolizando o fim trágico e violento de seu relacionamento abusivo.
As figuras masculinas que Harper encontra na vila, começam a exibir transformações físicas que remetem diretamente à posição de James após sua queda.
Essas transformações não são apenas físicas, mas também carregam um peso simbólico, representando a presença constante do trauma de Harper e a repetição de padrões de abuso e violência masculina.
Durante o final do filme, Geoffrey e os outros homens começam a sofrer deformações que espelham a posição de James.
Por exemplo, Geoffrey pode ser visto com um braço deslocado ou com ferimentos que lembram os de James, destacando a conexão entre todos esses homens e o trauma de Harper.
O homem nu, o vigário, o adolescente e o policial também assumem contorções e ferimentos que lembram os da queda, tornando-se uma manifestação quase sobrenatural do trauma de Harper.
Essa repetição da posição de James nos corpos dos outros homens serve como um lembrete constante da culpa e da dor que Harper sente.
A maneira como todas as figuras masculinas se transformam e refletem a morte de James sugere que o trauma de Harper é onipresente e que ela não pode escapar dele.
Independentemente de onde ela vá ou com quem interaja, o impacto emocional e psicológico da morte de James a acompanha.

Simbolismo do filme Men: Faces do Medo

O filme utiliza elementos de horror psicológico e surrealismo para explorar temas profundos de culpa, trauma e misoginia.
As várias figuras masculinas que Harper encontra podem ser vistas como manifestações de seu trauma psicológico, obrigando-a a confrontar suas experiências passadas e as cicatrizes emocionais deixadas por seu relacionamento com James.
O filme pode ser visto como uma experiência intensa de Harper lidando com o trauma e como ele molda sua visão e interações com o mundo.

A Maçã

A cena em que Harper colhe uma maçã no quintal da casa de campo onde está hospedada carrega um simbolismo rico e multifacetado.
Esta imagem se conecta profundamente com os temas centrais do filme, explorando elementos de culpa, tentação, e renovação.
A colheita da maçã por Harper evoca imediatamente a história bíblica de Adão e Eva no Jardim do Éden.
Este ato de Harper pode simbolizar a ideia de transgressão e a culpa que tradicionalmente recai sobre a mulher.
Assim como Eva é responsabilizada pelo pecado original, Harper pode estar internalizando a culpa pela morte de seu marido, James.

O Machado

Harper segura um machado, ao final do filme.
O machado pode simbolizar o instrumento que Harper usará contra sua culpa.
Quando ela senta no sofá para converar com James, ele continua a culpá-la por sua morte, como sempre fazia quando eram casados, a respeito do divórcio que ela pedia.
Vendo que a situação continuaria, ela parece entender tudo e, finalmente, enfrenta James.
O machado simboliza que ela “destrói” James e sua opressão, dando o primeiro passo para seguir em frente.

Figura Pagã

A figura pagã do homem verde é exibida em pedra, na igreja e desempenha um papel simbólico significativo.
Trata-se de uma figura mitológica encontrada em muitas culturas europeias, frequentemente associada à natureza, renascimento e fertilidade.
O mendigo nú se transforma nessa figura pagã do homem verde na parte final do filme.
No contexto do filme, a figura do Homem Verde pode ser vista como uma metáfora para a transformação e o renascimento pessoal de Harper enquanto ela enfrenta e supera seus medos e traumas.
Junto com a Sheela na Gig, o homem verde no filme reforça a complexa relação entre o feminino e o masculino, destacando as dificuldades e a violência que Harper enfrenta e deve superar.

Sheela na Gig

Na cena em que Harper vai à igreja, vemos um símbolo de pedra, uma escultura conhecida como “Sheela na Gig”.
Esse tipo de escultura é uma figura feminina esculpida em pedra, frequentemente encontrada em igrejas e castelos medievais na Europa, especialmente na Grã-Bretanha e na Irlanda.
As Sheela na Gigs são representações de mulheres nuas exibindo suas genitálias de maneira exagerada, simbolizando o ciclo da vida, morte e renascimento.
No contexto do filme, a Sheela na Gig tem relação com as cenas finais do renascimento de James, através dos outros homens.

Dente-de-Leão

O dente-de-leão também é associado ao renascimento e à renovação, simbolizando a continuidade da vida e o ciclo de renovação.
Desde o início do filme, vemos várias cenas com dentes-de-leão aendo soprados.
O Homem verde sopra o dente-de-leão em direção a Harper e isso parece dar início a todos os eventos finais do filme, de transformação e renascimento das figuras masculinas.
Para Harper, pode simbolizar sua jornada de cura e resiliência, ou até mesmo uma transformação espiritual ou emocional.

Perguntas que ficaram sobre o Filme Men: Faces do Medo

Harper matou Geoffey?

Não sabemos se Harper mata, literalmente, Geoffrey, que parece ser a figura “mais real” de todos os homens, o rosto no qual Harpe se baseia para criar as outras figuras masculinas.
Os eventos envolvendo Geoffrey e outros personagens masculinos no filme são amplamente simbólicos e representam as lutas psicológicas e emocionais de Harper.
Os confrontos violentos, incluindo as cenas com Geoffrey, servem para ilustrar a jornada de Harper através do trauma, culpa e o processo de confrontar seu passado.
A violência que Harper é uma metáfora para sua batalha psicológica.
Quando ela fere ou mata essas figuras, incluindo Geoffrey, isso simboliza sua tentativa de superar as influências opressivas e tóxicas que eles representam.

De quem era o sangue?

O sangue que Riley vê na entrada da casa significa que alguém se feriu.
Porém, não há tanta quantidade de sangue como vimos na sequência final, pois tudo teria sido imaginação de Harper.
Harper não parece ter se ferida a ponto de ter deixado as manchas; ela tem respingos de sangue no rosto e manchas pelo vestido.
Seria o sangue de Geoffrey? Ele se arrastou para dentro da casa após ter batido com o carro?
Não sabemos ao certo.

Quem Era o Homem no Túnel

O homem que Harper vê no final do túnel é uma figura misteriosa e perturbadora, cuja identidade não é explicitamente revelada.
Harper se diverte fazendo ecoar sua voz no túnel, mas logo percebe a presença de um homem parado à distância, no final do túnel.
Quando ele começa a correr em sua direção, ela entra em pânico e foge.
A visão do homem no túnel marca o início de uma série de eventos perturbadores que Harper enfrenta durante sua estadia.
Ele é o primeiro sinal claro de que algo está profundamente errado e que ela está sendo observada e ameaçada.
Esta figura anônima estabelece o tom de horror psicológico que permeia o filme, mantendo o público em um estado constante de tensão e antecipação.

Piano

Por que Harper diz a Geoffrey que não sabe tocar piano?
Ao dizer a Geoffrey que não sabe tocar piano, Harper pode estar tentando manter um certo grau de privacidade e controle sobre sua vida.
Ela está em um lugar novo e vulnerável, e essa declaração pode ser uma maneira de evitar compartilhar mais informações pessoais do que o necessário.
Harper está tentando proteger-se emocionalmente e não quer se abrir completamente para Geoffrey, alguém que ela não conhece bem.

A Gravidez de Riley

No final, quando Riley chega à casa, vemos que ela está grávida.
O que isso poderia simbolizar? Durante as várias vídeo chamadas, o fato nunca é mencionado.
A gravidez de Riley pode sugerir a esperança de Harper de que a próxima geração não precise crescer com tendências tóxicas e abusivas como as anteriores.
Vimos vários homens dando a luz a outros homens, sugerindo a continuidade da toxicidade masculina.
Ao nos depararmos com a gravidez da amiga, podemos sugerir que Harper finalmente superou a ideia de que todos os homens são tóxicos, uma crença moldada pelo abuso que sofreu de seu marido.
Durante os créditos finais, ouvimos sons de crianças rindo e brincando, enquanto toca a música “Love Song” de Elton John.

O Diretor Alex Garland

Garland ganhou reconhecimento inicial como romancista com seu livro de estreia, “A Praia” (The Beach,1996), que virou o filme estrelado por Leonardo DiCaprio.
Ele também escreveu o roteiro para o fantástico cult de terror pós-apocalíptico, “Extermínio” (28 Days Later, 2002), dirigido por Danny Boyle, que foi aclamado pela crítica e ajudou a revitalizar o gênero zumbi.
Garland estreou como diretor com “Ex Machina” (2014), um thriller de ficção científica e, seguindo este sucesso, dirigiu “Aniquilação” (Annihilation, 2018), estrelado por Natalie Portman.
Alex Garland é conhecido por seu estilo visual distinto, com uma abordagem filosófica, combinada com uma forte estética visual.

Conclusão

O filme Men: Faces do Medo deixa muito para a interpretação do espectador.
Seu final é projetado para provocar pensamentos e discussões sobre trauma, culpa e a natureza penetrante da masculinidade tóxica.
São muitos os detalhes e as nuances que permeiam a trama e levam a inúmeras discussões.
Seja visto como uma jornada psicológica, uma narrativa simbólica ou um terror sobrenatural, a conclusão do filme reforça seus temas e deixa um impacto duradouro no público.

Assista Men: Faces do Medo no Prime Video:

Men: Faces do Medo no Prime Video

Assista o trailer Men: Faces do Medo

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